Caminhar

Assim que chegas,

Chuva a cair. Exaustão dominava a previsão

Chuva a cair, em mim

Um sol nas tuas costas,

Ninguém nos chamou, para caminhar

O caminho era individual

Solitário no caminho, e na divisão

Os caminhos não se fazem sozinhos

Nem para isso foram feitos

Voltava para trás, sozinho

Para tua mão agarrar, e partilhar o caminho

Foi para isso que foram feitos

Fim da colina

Corremos para o fim da colina

Precipício que se avistava

A devastação da minha alma

Que se avizinhava

Era capa de jornais

Quando só queria meter os pés no chão

Na chuva torrencial

Ainda continuo a chamar pela tua mão

E pelo nosso amor sequencial

Que ainda lembra nos sonhos

Do quotidiano

Não deveríamos ter sido apanhados desta maneira

Dies in me es

Não sei como despedir

Talvez não quisesse

Talvez, pensei como matemática

Padrões,

Para entender o dia seguinte

Sem pesar o coração

Porém os teus olhos

Mudaram a equação

Era a minha oportunidade

De ser teu, ou de me despedir ?

Continuarei a ser teu,

Nas memórias, ficaram em loop

Como cassetes com o replay permanente

Surreal, sem noção do que passei

Só eu queria saber como eras, dentro do coração

Foi o dia mais perfeito que houve

O dia que houveste em mim.

O meu Qumran

Tornei a tua figura filosófica

Mitológica, ao longo da noite

Ao longo da caminhada

Ao teu lado

Ao longo, de mãos dadas

Do que tive, e do que não tive

Rei da tua alma, descoberta do meu Qumran

Tinha ficado contente se tivesses ficado

Eras o meu paraíso paralisado

Tinha ficado contente com o levantar da escada

No reino da tua alma

O teu amor estará seguro comigo

Comigo em todo lado – I

Acordaste em mim

Na hora do despertador

Ligaste o coração à minha alma

E eu liguei o chuveiro

A única coisa que não se lavou

Foi a minha alma

O meu pesar

De questionar o porquê

De tamanho sentido

De tamanho medo

Se pudesse

Voltarias ao meu trono

Na minha alma que é reino

O meu corpo castelo

Tu rainha